Aquele trabalho que dá uma “dor de cabeça” pode realmente existir. Essa é uma figura de linguagem muito utilizada para descrever trabalhos difíceis e dispendiosos, mas que, obviamente, não são realizados com movimentos da cabeça. Trata-se de uma referência ao efeito psicológico de somatização. De forma mais simples, é como se sintomas vividos mentalmente fossem sentidos também pelos demais órgãos do corpo.

Psicólogos e médicos concordam que o processo de somatização acontece e que existem, sim, pessoas mais propensas a “transferir” essas emoções para problemas físicos. Geralmente, indivíduos muito práticos, ligados especialmente ao que é palpável e real, quando submetidos a emoções como raiva, alegria, tristeza, medo, entre outros, tendem mais a somatizar. De qualquer modo, profissionais dedicados à psicossomática consideram que todos os indivíduos têm experiências no corpo ao enfrentar situações de extremo estresse e ansiedade.