Síndrome do Comer Noturno
A Síndrome do Comer Noturno, ou Nocturnal Eating Syndrome (NES), está incluída no espectro dos transtornos alimentares, entretanto, se refere a um perfil específico desse comportamento: a compulsão alimentar noturna. Identificada pela primeira fez nos anos 50, esse transtorno provoca uma incontrolável necessidade de comer durante o período da noite. A sensação de fome é tão intensa que o paciente fica incapaz de dormir ou voltar a dormir, sem que antes faça a refeição desejada.
Sua causa parece estar ligada ao atraso em padrões alimentares em razão de alterações neuroendócrinas. Assim, o indivíduo fica com mais fome no horário da noite, visto que os hormônios relacionados a fome aumentam nesse período. O diagnóstico da NES se guia por uma série de sintomas próprios e realizado de forma clínica, sendo, sobretudo, o mais importante deles a hiperfagia noturna, caracterizada pela imensa ingestão de alimentos nas horas da noite. A síndrome do comer noturno pode levar uma pessoa consuma até 50% de toda a alimentação de um dia. Não raro, ela acorda para buscar comida e volta a dormir somente após esse consumo. Ao avaliar o paciente, observa-se, inicialmente, um ou mais comportamentos apresentados a seguir.
- Anorexia Matinal: quando o paciente não possui qualquer apetite pela manhã, sem sentir vontade de comer até o almoço. Episódios como esse devem ocorrer pelo menos quatro vezes em uma semana.
- Necessidade de alimentação noturna: um desejo quase obsessivo e urgente de ingerir calorias.
- Aumento de peso: Esse comportamento tende a evoluir para outros problemas, como o sobrepeso e obesidade.
- Piora do humor durante a noite: quando sintomas de ansiedade e tristeza aumentam durante o dia e progridem para irritabilidade e agitação à noite, geralmente, leva o paciente à ingestão excessiva de alimentos durante o período da noite.