Quando o cotidiano privado e o trabalho se confundem
Apenas o fato de ficar em casa por mais tempo, comportamento ampliado pelo distanciamento social – e conexões velozes -, criou um descompasso importante nas relações entre as esferas profissionais e particulares. Esses e outros pilares precisam estar em harmonia, caso contrário, a estrutura corre risco de ruir. Em outras palavras, o indivíduo pode vir a apresentar algum transtorno maior.
Produzir além da conta: a chamada produtividade tóxica
Trabalhar em casa é algo que já foi almejado em outros tempos por quase todos, entretanto, não são exatamente todos que poderiam lidar com essa reorganização e manter a distância necessária entre uma coisa e a outra.
Isso porque, quando se está em casa, tanto as tarefas domésticas quanto profissionais estão ao alcance das mãos. Ao assumir as tarefas de maneira concomitante, perde-se em a noção de produtividade. Fica mais difícil saber quando exatamente começou e quando terminou, levando não saber se trabalhou o suficiente. No entanto, as pesquisas nesse sentido apontam que as pessoas que realizam suas atividades de casa trabalham mais justamente por estarem em casa. Mesmo assim, essas pessoas se sentem pouco produtivas.
Trabalho em excesso: a síndrome de Burnout
O trabalho em excesso, seja ele em casa ou em ambiente separado, traz sintomas tanto físicos quando psíquicos. Não raro, o paciente enfrenta dores, cansaço, desânimo, apatia, falta de interesse, irritabilidade, alteração de sono e tristeza excessiva.
A pressão sofrida ao juntar tarefas – para aqueles que são afetados – dá a noção de algo muito maior do que cada atividade de fato é, ou deveria ser. O paciente junta tudo e se disponibiliza um “Checklist Eterno” e, em razão disso, pode sentir esgotamento mental, sensação de impotência, falta de expectativas, entre outros.