Psicologia das Emergências e dos Desastres
O início do envolvimento do campo da psicologia na prevenção e tratamento de transtornos ligados a épocas de emergência e desastres estão relacionados às guerras mundiais. Os estudos sobre o tema tiveram início em 1944, pelo psiquiatra Dr. Erich Lindemann, ao analisar o caso da boate Cocoanut Grove (Boston, 1942) onde um incêndio ceifou um total de 492 vidas.
Na época, o médico realizou um levantamento sobre as reações psicológicas de cada um dos sobreviventes. Tornou-se esse o marco das pesquisas voltadas aos impactos deste tipo de evento na saúde mental das pessoas. Entre 1900 e 1950, muitos outros estudos foram realizados nesse sentido, em razão da visão da época marcada pelo medo de uma tragédia nuclear.
A partir da década de 70, a perspectiva de análise de situações de emergências e desastres esteve mais voltada às reações individuais sob a ótica do estresse pós-traumático, categoria incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM IV, do ano de 1994. No Brasil, as primeiras pesquisas nessa área têm seu marco 1987 com o acidente do césio-137, em Goiânia.
Hoje, a Psicologia das Emergências e dos Desastres contempla o comportamento das pessoas inseridas em contextos de catástrofes, desastres e situações-limite, experimentadas no cotidiano urbano. A área envolve ação preventiva e pós-traumática, oferecendo compreensão, apoio e superação aos atingidos.
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