Em toda a história dos seres humanos, a fala parece sempre ter sido usada para lidar com problemas como a ansiedade, por exemplo. Com o passar do tempo – e muito tempo de depois -, e com a revolução da psicoterapia, os profissionais perceberam que ao falar sobre seus problemas , seus pacientes eram obrigados a reconhecer suas angústias, de modo que essa compreensão por si só, não somente dava ferramentas para o psicólogo, como ajudava em muito a amenizar seus fantasmas interiores.

Precursor desse método de tratamento, o neurologista e psicanalista Sigmund Freud atentou-se ao fato de um colega que tratava pessoas com histeria por meio da hipnose. Com isso, Freud notou que após os paciente submetidos ao tratamento de hipnose, era perguntado sobre seus sintomas. Ficou claro que a paciente – Anna O. Breuer – ao se recordar dos acontecimentos traumáticos do seu desenvolvimento, tinha sua condição melhorada e parte da sua angústia aliviada. Isso porque mesmo que tentemos, não podemos apagar os traumas que estão registrados em nosso inconsciente, portanto, o único jeito de superá-los é falando sobre eles, ou seja, acessando-os novamente.

Com isso, Freud concluiu que os sintomas de neuroses como ansiedade e depressão podiam ser aliviados pelo que foi chamado de ‘cura pela fala’, ou seja, deixar o paciente divagar sobre suas ideias, memórias e sonhos, criando novos significados e aprendendo a conviver com o passado e olhar para o futuro.

Veja também o texto sobre Ressignificação em Psicologia.