A pandemia fez aumentar em muito número de pessoas que passaram a trabalhar no regime de home office, em razão de medidas sanitárias adotadas em todo o mundo. Foi possível, daí, observar que a produtividade dos que haviam levado a estação de trabalho para a casa foi significativamente afetada. Algumas continuaram produzindo o que já produziam nas empresas, por outro lado, outras passaram a produzir mais do que deveriam. Esse comportamento é identificado hoje como produtividade tóxica.

O fato de estar em casa, basicamente, aproximou o trabalho ainda mais do cotidiano privado, criando, por vezes, a sensação de não estar trabalhando o suficiente, ao dividir pequenas atividades pessoais com o trabalho “sério”. Dessa forma, muitos desses indivíduos acabam por focar mais na quantidade de atividades que entregam do que em qualidade, na tentativa de revelar maior dedicação.

Seguindo essa lógica, e de forma inconsciente, acaba-se por trabalhar mais, mais e mais horas. Não raro, algumas pessoas chegam a apresentar sintomas de exaustão por acreditarem estar em um dia produtivo. Quando isso acontece, atividades de manutenção e sobrevivência como um bom sono, alimentação saudável e regrada, prática de exercícios e, sobretudo, cuidado com a mente.

Assim como muitas distorções cognitivas, a produtividade tóxica em toda a sua “positividade tóxica”, não termina. Ela se renova sempre que termina uma atividade e sente culpa, por não aproveitar o tempo e inspiração para produzir ainda mais.