Existe uma linha tênue entre o conceito de sentimento e o de emoção, mas não são exatamente a mesma coisa

É possível classificar como função primordial das emoções atuar como um meio natural de avaliar o ambiente ao redor e de reagir de forma mais adaptativa e breve possível, visando a sobrevivência. É articulada por meio de uma variação psíquica e física automática, desencadeada por um estímulo, preparando o organismo para um estado de resposta.

Por mais que exista uma linha tênue que separe o conceito de sentimento e o de emoção, estes dois termos não são exatamente a mesma coisa. Embora eles se relacionem de forma muito estreita, são diferentes entre si em dois aspectos, onde o sentimento é orientado para o interior do indivíduo, enquanto é que a emoção é voltada para o externo. Em outras palavras, nesse processo a pessoa experimenta a emoção do qual provém um efeito interno, e posteriormente dá origem ao sentimento sobre o objeto.

Nessa dinâmica é comum que muitos dos sentimentos estejam relacionados com as emoções, porém, todas as emoções dão origem a sentimentos enquanto que nem todos os sentimentos provêm de emoções. Basicamente, as emoções são divididas em primárias e secundárias, de modo que uma se refere às emoções instintivas e inatas, evolutivas – raiva, tristeza, alegria, medo etc. -, e partilhadas por todo o seu redor, e a outra dá conta das interferências sociais e da aprendizagem.

Mais complexas que as primárias, as emoções secundárias – aquelas que resultam do nosso aprendizado e forças externas – atuam como forma de nos proteger de algumas emoções primárias que, por vezes, podem ser constrangedoras, ameaçadoras, vergonhosas ou mesmo dolorosas. Essas emoções secundárias surgem com frequência nas tentativas de controle ou julgamento das respostas mais instintivas com o propósito de negar aquilo que se sente, daí apela-se para o que se sabe sobre aquilo para tentar diluir este sentimento.

Os sentimentos são gerados por emoções e sentir emoções significa ter sentimentos.