A compulsão alimentar tem raízes emocionais
Antes de serem observados com mais atenção, os indivíduos obesos não eram vistos como tendo um problema com raízes emocionais, como um transtorno psicológico, por exemplo. Após a década de 50, notou-se que muitos deles possuíam sintomas de depressão – transtorno depressivo maior -, transtornos de ansiedade ou de humor. Posteriormente, ao ser investigado e estudado, o quadro recebeu a classificação de transtorno de compulsão alimentar periódica (TCAP).
Geralmente, nessas pessoas verifica-se uma enorme ingestão de alimentos num determinado período de tempo, aproximadamente duas horas. Nessa crise, a compulsão do paciente leva-o à perda de controle em relação ao quê e quanto se está comendo. Os episódios devem acontecer ao menos duas vezes por semana, num período que vá até seis meses, mesmo sem apresentar compensação de ganho de peso – vômitos ou expelir o que foi ingerido.
São diversos os fatores emocionais que podem levar a pessoa a desenvolver algum transtorno alimentar, entretanto, o sentimento de culpa permeia o problema e gera sua dinâmica cíclica. Este sentimento pode levar um paciente a fazer jejum de dois dias e, ao retornar a ingerir alimentos, sentir-se culpado, voltando a comer para aliviar a ansiedade.